Luta por igualdade e respeito marca o Dia da Consciência Negra
O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, como uma forma de relembrar a luta e a resistência dos movimentos negros. Instituída oficialmente pela Lei nº 12.519, o dia 20 foi escolhido por ser a data em que Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi assassinado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, líder da destruição do Quilombo dos Palmares. Zumbi morreu aos 40 anos de idade.O Dia da Consciência Negra, portanto, é o resultado das reivindicações do movimento negro pela valorização dos ideais defendidos por Zumbi dos Palmares, que é um símbolo histórico nacional.
No Brasil colônia, estima-se que cerca de quatro milhões de homens, mulheres e crianças de origem africana foram comercializados como escravos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Essas pessoas foram submetidas a condições de vida degradantes, trabalhando em longas jornadas nas lavouras de cana-de-açúcar, depois na mineração e, mais tarde, no plantio e colheita do café, além de não receberem nenhum tipo de assistência médica, social e educacional. Pelo contrário, sofriam com diversas punições físicas.
Foi apenas em 13 de maio de 1888, após mais de 380 anos comercializando pessoas, que o Brasil se tornou o último país do Ocidente a abolir a escravidão. Mas mesmo libertos os negros e negras continuaram sendo marginalizados. Além disso, não ocorreu uma ação do governo para reintegrá-los à sociedade.
Em 2022, mais de 130 anos após a abolição e depois de 11 anos da oficialização do Dia da Consciência Negra, avanços importantes aconteceram, a exemplo da chegada da Lei de Cotas. Contudo, não existe ainda um conjunto suficiente de ações que reparem a herança histórica da escravidão, visto que o Brasil continua sendo um país que sofre de um racismo explícito e, principalmente, estrutural.
Sendo assim, é importante que o dia 20 de novembro siga como uma data a celebrar o avanço e a resistência do movimento dos povos negros e, sobretudo, de continuidade da luta por mais igualdade racial e respeito.
Fontes: BBC Brasil
IBGE
Portal Mundo Educação
Revista Você S/A